segunda-feira, 24 de março de 2008

Interpretação Ambiental do meio marinho da Ria Formosa

Interpretação Ambiental do meio marinho da Ria Formosa:
Percursos, actividades e conteúdos.
Resumo

Com o objectivo de apresentar um Circuito de Interpretação Ambiental no meio marinho da Ria Formosa, dotado de actividades pedagógicas de Educação Ambiental e avaliar a sua aplicabilidade em termos de ecoturismo, o primeiro passo deste trabalho foi a recolha e tratamento de informação científica sobre a ecologia da Ria Formosa.
Propostos os percursos: um percurso pedestre e outro misto (pedestre + barco), a realizar na Ilha de Faro e Ilha Deserta (Barreta). Seleccionaram-se diversas actividades e elaboraram-se conteúdos pedagógicos de suporte (observação de aves; recolha e identificação de plâncton; recolha e identificação de bentos; identificação da flora local; análise dos parâmetros físico-químicos da água; observação de aspectos geológicos da Ria e observação dos recursos marinhos da Ria). Estas actividades foram avaliadas por saídas práticas (Observação de Aves, Recolha de Plâncton, Recolha de Bentos e Análise dos Parâmetros físico-químicos da água) e/ou por avaliação dos seus conteúdos por Inquéritos. Inquéritos dirigidos a turistas e a professores do ensino secundário que participaram em actividades de campo.
De acordo com a avaliação, escolheram-se 5 actividades para os percursos (observação de aves; recolha e identificação de plâncton; recolha e identificação de bentos; identificação da flora local e análise dos parâmetros físico-químicos da água). Foram escolhidas pela sua preferência, carácter inovador e facilidade de por em práctica.
As actividades terão uma duração de meio dia, com excepção das actividades de recolha de plâncton e bentos, pois necessitam de uma posterior observação do material recolhido. Os grupos deverão ser compostos por 10 a 15 pessoas (2 a 3 pessoas nas actividades de observação e identificação). Ainda de acordo com a avaliação, os destinatários deste circuito, poderá ser qualquer pessoa, com excepção de crianças e idosos.
Para suporte destas actividades foram elaborados conteúdos informativos sobre Biologia Marinha e Pescas e sobre a Ria Formosa. Destes conteúdos resultam apresentações multimedia e textos informativos, dirigidos aos participantes nas actividades, específicos por actividade proposta, um dossier de informação sobre a Ria formosa e uma base de trabalho para um guia de campo sobre a biodiversidade da Ria Formosa. São propostas várias hipóteses para implementar este circuito: através da Universidade do Algarve, Centro de Ciência Viva de Faro, as autarquias de Faro, Olhão e Tavira, operadores turísticos privados e o Parque Natural da Ria Formosa. Este último é o escolhido, pois é o único que reúne as melhores condições: as instalações necessárias (próprias), boa localização, está vocacionado para este tipo de acções e possui o material (barco e doca incluído), pessoal e “know-how” necessários.


Abstract
To establish a marine Environmental Interpretation Circuit in Ria Formosa’s lagoon ecosystem, equipped with educational activities and to assess it´s applicability in ecotourism, the first step was gathering and processing the most scientific information possible about Ria Formosa’s ecology.
We proposed two tracks for the Environmental Interpretation circuit, the first one, a pedestrian and the second, a mixed track (pedestrian and by boat) in Ilha Deserta and Ilha de Faro. Several activities were selected for evaluation (Bird Watching, Local Flora Identification, Collecting and Identifying Planktonic and Benthonic organisms, Chemical and Physical Water analysis, Geological Survey and Acknowledging the Marine Resources of the Ria Formosa). The evaluation of those activities was made by survey and outdoors activities. The survey was directed to tourists and high school teachers. After the evaluation, 5 activities were selected to both tracks of the circuit (Bird watching, local flora identification, Collecting and Identifying Planctonic and Benthonic organisms and assessment of physical and chemical properties of the water in Ria Formosa).
The activities will run in a half day basis, except the activities of marine plankton and benthos, which need a morning and an afternoon to collect and identify the material (plankton and benthos). The groups in the activities will have no more than 10-15 people (the laboratory activities 2-3 people). This circuit, according to the assessment, is addressed to teenagers and adults.
To support the activities, some biological information was collected and applied in transparencies, multimedia presentations addressed to the participants of the activities, a dossier with data of Ria Formosa’s and a draft to a Field Guide about Ria Formosa’s biodiversity. To carry out to practice this Environmental Interpretation circuit, various scenarios are considered: Through the University of Algarve; Centro de Ciência Viva of Faro; the municipalities of Faro and Olhão and Tavira; local tourism operators and the Natural Park of Ria Formosa. The last one it´s the first option, it has all of the classrooms, laboratories needed, the material, personal and “know-how” required. And is a institution directed to this activities.


Hasta!

terça-feira, 18 de março de 2008

atual

bem...são 3 da manhã e a inspiração brota.....e sem alcóol, substâncias psicotrópicas ou qq musa inspiradora eh eh eh eh acho mas é que o meu neocórtice está a dar o tilt!!!!

aaaaaaaaargh!!!! Chegou o novo acordo ortográfico!!!!! É das coisas mais dantescas e da twilight zone que pode ser visto na forma de um dicionário....acho que nunca me irei habituar:
atual
contraceção
pera (o fruto)
ótimo
entre muitas outras alterações aberrantes.....onde é que está a nossa língua???? eu sei que costumo muitas vezes assassinar o português, mas isto é um massacre....acho que prefiro a norma brasileira do que a lusoafricana, não podemos escolher??
É que isto de alterar a forma de escrever tem muito que se lhe diga, os putos que estão a aprender agora, não vão sentir diferença, mas e nós? e os pais de agora? que serão humilhados pelos filhos a quando da correcção dos TPCs.....para não falar de que mais ano menos ano nós os que escrevíamos contracepção com "p" seremos tão obnóxios como os tipos que escreviam farmácia com "ph", os tansos!!!

Foi só um desabafo.
Pode ser que as pessoas se assustem e comprem uns dicionariozitos.....;)
Hasta!

Democrático ;) 2 - o regresso...

psst....começa por ler o post anterior ok? depois é que vem este.....se tudo correr bem até estará melhor formatado...e agora bem vindo à sequela!!!!

Relembrando, falar da nossa evolução como espécie biológica é falar da evolução do próprio cérebro em relação a outras espécies, incluindo alguns hominídeos. MacLean, a pertir de experiências com macacos saguins, apresentou um modelo de estrutura e evolução do cérebro muito interessante - O cérebro triuno. Segundo ele, somos obrigados a a olhar para nó próprios e para o mundo através dos olhos de 3 mentalidades diferentes, 2 das quais não verbais.
Comparando o cérebro humano a uma máquina, ou computador se preferirem, será ums junção de 3 computadores biológicos interligados, cada qual com a sua inteligência, subjectividade, sentido de tempo, espaço, memória. Cada "computador" mais recente, envolve o precendente. cada qual correspondendo a um passo fundamental e distinto no processo evolutivo.


A parte mais primitiva do cérebro é composta pela espinal medula e a ponte de varólio, que constituem o cérebro posterior e médio. Por aqui passam as funções nervosas básicas, para a reprodução, sentido de autopreservação, como a regulação sanguínea e a respiração. Num peixe ou num anfíbio, o seu cérebro é practicamente isto. Mas para um réptil ou animal superior, ficar sem o cérebro anterior é como um veiculo sem condutor....hello anybody home??!!!

O cérebro médio, cuja evolução remota a milhões de anos atrás, encontra-se presente nos répteis e mamíferos, incluindo o Homem. O condutor do veículo, chama-se Complexo Reptíliano ou Complexo R. À volta do Complexo R encontra-se o sistema límbico, que partilhamos apenas com os outros mamíderos.

Finalmente, à volta do sistema límbico, enocntra-se o neocórtice. O nosso neocórtice, bem como o dos golfinhos e baleias, é o mais desenvolvido dos mamíferos superiores. A sua evolução remonta a uns 150 milhões de anos, mas sofreu uma acelaração quando apareceram os primeiros seres humanos.

É muito dificil evoluir sem alterar a estrutura da vida, e provavelmente qualquer modificação nela, será prejudicial. Mas a transfromação fundamental, para o processo evolutivo, poderá ser realizada por meio de adição de novos sistemas, aos existentes. Um exemplo é a ontogenia recapitular a filogenia....trocando por miudos....e dando o nosso exemplo.....O nosso desenvolvimento no útero, passa por estádios muito semelhantes a peixes, réteis e mamíferos não primatas, antes de nos tornarmos seres humanos reconhecíveis (excepto os super dragões....esses ficam-se por um ser mircocefálico qualquer eh eh eh). Uma curiosidade....segundo Sagan, a fase em que nos parecemos a peixes, chegamos mesmo a ter fendas branquiais, absolutamente inuteis para o embrião, pois é alimentado pelo cordão umbilical., mas são importantes para a embriologia humana, uma vez que eram importantes para os nossos antepassados aquáticos.
O cerebro do feto, também se desenvolve do interior para o exterior, passando pela seguinte sequência: Cérebro posterior, cérebro médio, Complexo R, sistema límbico e neocórtice.


A Selecção Natural opera apenas nos indivíduos e não sobre a espécie, e, de uma forma menos acentuada, sobre os ovos ou os fetos, deste modo a ultima transformação evolutiva só tem lugar pós-parto, justificando a recapitulação. o próprio apêndice é uma reminescência de um órgão que deixou de ser necessário, mas como por si só não é prejudicial, não foi removido completamente da evolução. As cobras têm pequenas estruturas ósseas, separadas da espinha dorsal, também reminescências (yep, gosto da palavra reminescência eh eh eh) do que foram outrora patas...
Deste modo, a evolução por adição e a preservação funcional da estrutura pre-existente verificam-se por um dos seguintes motivos, ou por a antiga função ser tão necessária como a nova, ou por não haver uma forma de contornar o antigo sistema, que seria benéfico à sobrevivência.

(to be continued)
Hasta!

sábado, 15 de março de 2008

Democrático ;)

Já há algum tempo que queria falar sobre evolução e acho que vou começar este tema por falar de democracia.
Democracia vem do grego Demos (povo) + Krátos (poder)....os gregos eram mesmo uns bacanos (até tinham um deus para o vinho!!!!!!)...mas vou sintetizar ao máximo esta parte para poder chegar mais rápido ao que interessa.
"O poder está mesmo nas mãos do povo...o problema é que o povo elege uns quantos para governar...e aí é que está o caldo entornado!"
E foi mais ou menos por aqui que comecei a ter umas ideias...
Eu acredito em Evolução e Selecção Natural (Sim estou a escrever no português antigo...pois o novo acordo ortográfico está aí....eh eh), como origem e "força motora" das espécies e da vida na Terra. Em oposição ao criacionismo.
Na Bíblia, o livro do Génesis, faz referência à criação dos animais e plantas, tendo sido primeiro criados os do mar, depois os da terra, pela seguinte ordem: plantas, répteis, aves, animais terrestres e por fim o homem. Essa descrição é produto do conhecimento que na altura os naturalistas já tinham...mas e então e os outros....fungos, bactérias, seres microscópicos, onde estão? Deus já os tinha criado, não?
Drawin, esteve longe de ser um génio. O seu contributo para a ciência foi enorme e indiscutivel, mas intelectualmente esteve longe de Newton, Kepler, Einstein entre outros....As ideias de Darwin foram inspiradas pelas observações que fez nas ilhas Galápagos, e pelas teorias económicas de Thomas Malthus, que notou que a população (se não supervisionada) crescia exponencialmente em relação aos recursos disponiveis, logo limitações inevitáveis de recursos acarretariam implicações demográficas, levando a uma "luta pela sobrevivência", na qual apenas o mais apto sobreviveria.
Drawin levou muito tempo a passar para o papel a sua teoria, sendo "inspirado"a publica-la depois de receber uma carta de um jovem Naturalista, Alfred R. Wallace, que completamente por si chegou às mesmas conclusões. Os 2 enviaram os seus trabalhos para a Sociedade Linneana anunciando uma co-descoberta, mas Darwin ficou para a história como o "pai" da Selecção Natural.
Agora, de volta à democracia e ao facto de achar que o povo detém mesmo o poder. O povo é a maioria e juntos podem usar esse poder....mas não, elegemos líderes, os machos alfa, porque no fundo somos animais, e muitos dos nossos comportamentos revelam esse lado biológico e instinivo. Mas aqui entra a maior evolução no Homem.
O Homem percorreu um longo caminho até chegar ao Homo sapiens, ganhamos altura robustez em relação aos nosso primos Australopitheco, perdemos pêlo no corpo (graças a Deus!!! (ou talvez não...)).....mas ganhamos cérebro, ganhamos consciência, é aí que somos os mais aptos, na utilização de ferramentas, no pensamento. Enquanto, uns tornaram-se mais rápidos, outros mais fortes, outros mais pequenos e ocuparam nichos que estavam vagos, nós para sobrevivermos tornámo-nos mais inteligentes, o nosso corpo tornou-se mais frágil no confronto com os outros animais e com os elementos da natureza, mas o nosso cérebro evoluiu. A cada ramo da nossa árvore genealógica, o nosso cérebro aumentava de tamanho e melhorava as suas capacidades.
(to be continued)

quinta-feira, 6 de março de 2008

Grandes Ideias Impossiveis de Provar

Grandes Ideias Impossíveis de Provar

Um excelente livro! Gostei imenso, mesmo não se devendo julgar um livro pela capa, o grafismo é atractivo e o conteúdo não fica atrás! C

“Por vezes grandes mentes podem adivinhar a verdade antes de terem as provas ou os argumentos para sustentá-la.” (Diderot chamava a isso possuir o “espirit de divination”) “O que é que acredita ser verdade, mesmo sem poder prová-lo?”

Esta pergunta foi feita a grandes mentes, cientistas e pensadores das mais diversas áreas e o resultado foi este livro, cheio de grandes ideias e ideais numa colectânea de pequenos textos, dos mais simples e brilhantes que há!
Com a coordenação de John Brockman, empresário cultural e literário norte-americano, que explora o desenvolvimento de uma "terceira cultura", que cruzasse as culturas literárias e científicas. Através de várias publicações e do site http://www.edge.org/, tem procurado trazer para o debate público, as ideias e descobertas de vários cientistas contemporâneos.
Entre os convidados a responder a esta questão estão: Sir Martin Rees, Astrónomo Real Britânico, o biólogo evolucionista Richard Dawkins, quem eu admiro a escrita e aforma de pensar, autor de livros como "o Gene Egoísta", "O Relojoeiro Cego" e "A Desilusão de Deus (God Delusion)" entre muitos outros. A introdução é assinada, igualmente por Ian McEwen.

Um facto curioso, que tirei deste livro é que a maioria dos textos aborda a existência de vida para além da Terra, ainda estamos preocupados com os ETs e o que está para lá da "final frontier"....humm acho que depois volto a debruçar-me sobre este tema, para já só queria falar deste livro....

Hasta!